segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Revolução Industrial na Europa

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.
O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.

Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas à vapor (maria fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.
A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.

domingo, 5 de setembro de 2010

O TURISMO NA UNIÃO EUROPÉIA

O turismo é uma das principais áreas, em termos de crescimento, na Europa e no mundo em geral. Importante contribuição para o crescimento do setor de serviços na União Européia, tem uma contribuição dupla: da agricultura e da indústria transformadora no seu conjunto, no que tange ao emprego (65%) e ao PIB (50%).


O turismo, na sua definição mais restrita, contribui diretamente para 5,5% do PIB, para 6% do emprego total e para mais de 30 % do comércio externo de serviços na União. Os fluxos turísticos internacionais crescem mais rapidamente do que o turismo interno e estima-se que as chegadas internacionais à Europa cresçam 57%, passando de 335 milhões para 527 milhões entre 1995 e 2010. A introdução do Euro e o processo de alargamento da União a países candidatos da Europa Central e Oriental e a Chipre criarão novas oportunidades de expansão para o mercado turístico da União Européia.

Isto significa que no final da próxima década, haverá oportunidades de criar entre 2,2 e 3,3 milhões de novos empregos em atividades do turismo na União Européia. Será gerado mais emprego em resultado do impacto do turismo do que em outras atividades econômicas. O potencial de crescimento do turismo europeu só poderá ser plenamente explorado se forem proporcionados pelas entidades públicas um quadro de condições adequadas em todos os níveis. Além disso, é essencial que as empresas, juntamente com a política conjuguem esforços para eliminar barreiras estruturais ao crescimento.

O turismo é um complexo de serviços e produtos fornecidos para satisfazer a procura dos consumidores, das empresas e do setor público no que diz respeito a viagens dentro e fora do país. A atividade do turismo está amplamente descentralizada e interligada com a economia devido à mobilidade e à variedade das necessidades dos turistas e devido ao fato dos produtos e serviços relacionados com o turismo serem comprados antes, durante e até após a viagem.

Uma análise recente dá uma indicação da taxa do volume de negócios gerada em média pelo consumo dos turistas em ramos conexos. A criação de contas satélites para o turismo, com base numa metodologia rigorosa e amplamente reconhecida, seguindo as normas da EU e da OCDE e refletindo as necessidades tanto do setor público como do setor privado, garantiria a disponibilidade de informação exaustiva e fiável sobre o impacto das atividades turísticas, incluindo possíveis projeções e previsões.

O desenvolvimento do turismo na Europa contribui para o progresso da consolidação da União Européia, ligando as regiões e os países, com a sua variedade de culturas, línguas, tradições e sistemas. A convergência das preocupações de vários Estados-membros no sentido de grandes iniciativas comunitárias, como o mercado único europeu e a moeda única européia, e da promoção do crescimento econômico e emprego sustentados, cria verdadeiro quadro de condições favoráveis para o turismo se desenvolver.

Apesar da forte evidência da importância do turismo em termos econômicos e sociais e das suas indiscutíveis perspectivas de maior crescimento ao longo da próxima década, o turismo tem tido sérias dificuldades em obter um reconhecimento político consoante sua contribuição e o seu potencial. Esta situação verifica-se a nível comunitário e reflete, assim, uma experiência similar na maioria dos Estados-membros.

É necessário um esforço conjunto, nos mais variados níveis, para corrigir esta situação e para demonstrar à política que o turismo pode fornecer novas oportunidades para satisfazer objetivos políticos importantes e o emprego. Já foi demonstrado pela Direção Geral XXIII e por diversos grupos que estudam o turismo na Europa, que há uma ampla disponibilidade, por parte da indústria, para contribuir para o processo de desenvolvimento da cooperação entre empresas e da parceria entre o setor privado e o setor público.

A criação de situações coerentes de ações locais, regionais, nacionais e comunitárias é uma condição essencial para um esforço combinado que permita vencer o desafio da qualidade e da competitividade. Isto garantirá a integração das preocupações do turismo nas estratégias e planos de desenvolvimento sócio-político-econômico e a definição de um novo lugar para o turismo no processo de decisão, levando em consideração as medidas planejadas pela Comunidade Européia e pelos Estados-membros.

A seguir, cabe elencar em sentido lato, os organismos da União Européia que direta ou indiretamente contribuem para o desenvolvimento do turismo europeu, bem como o estabelecimento de um Direito do Turismo europeu.